segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir...

"Então eu te disse que o que me doíam essas esperas, esses chamados que não vinham e quando vinham sempre e nunca traziam nem a palavra e, às vezes, nem a pessoa exatas. E que eu me recriminava por estar sempre esperando que nada fosse como eu esperava, ainda que soubesse." - Dayana Misael

Era um dia frio, ou não. Não lembro. Acho que esqueci, ou apaguei da minha mente, por instinto. Não queria lembrar. Às vezes dói. Ainda dói, então procuro não lembrar.
Fiz tantas músicas, tantas cartas. Foram tantos pensamentos, tantas vontades. Tudo tão explícito, tão exposto, tão evidente, como nunca foi antes. Era tão meu, tão puro. Meus sentimentos. Nossos. Meus. Não sei.
E agora tem que ser tudo tão reprimido, guardado, sufocado, calado, controlado, meio de lado, ou completamente. Não sei.
As vezes acho que não vou saber lidar com isso. As vezes acho que vou. Na verdade eu não quero lidar com a ausencia. Não quero lidar com a ausencia de palavras, de vozes, de corpos.
E em cada gesto meu, eu te peço pra ficar um pouco mais, esperar um pouco mais. Eu tinha tanto ainda. Eu tenho tanto ainda.
Não me sinto mal. Não mais. Na verdade, acho até que estou indo bem, embora perdida, embora sem calma, talvez afobada, um pouco errada. Estou indo bem, faço o melhor que posso, do jeito que sei.
Me senti bem, muito bem, recentemente. Encontrei uns amigos, me senti tão bem, que me assustei. Ainda que houvesse um vazio, uma falta, uma saudade, consegui me sentir bem. E enquanto eu via o bairro, lá de cima, via as luzes das casas acesas - ou eram postes, não sei - pensei, e repensei muitas coisas. Pensei muito em mim, na minha vida, no que eu faço, no que vale a pena, no que eu quero, no que deveria ser feito. Enlouqueci e desisti, parei de pensar e só observei. Fiquei lá ouvindo a noite, curtindo frio, sem cigarros, sem bebidas, só aquilo. Não, o silencio não era paz, era uma conformidade momentanea.
Tem mesmo que ser assim? - eu pensei. Sabe o que eu queria? Nascer de novo. Mas acho que, no fim, eu faria tudo de novo, pq é assim que eu sou. Eu vou tropeçando e aprendendo. Pode parecer clichê, mas (que bizarro) é assim! E se eu não tivesse vivido tudo  o que vivi, agora eu não saberia o que fazer, o que dizer. Na verdade, eu ainda não sei muito bem, mas tenho uma vaga idéia de como deveria. Talvez eu acerte, talvez não. A todo tempo lidamos com erros e acertos, porque, porra, uma hora tem que dar certo! E eu não sei se faz alguma diferença dizer isso. Mas eu precisava dizer.
Sei o que fazer. Racionalmente, tenho tudo na cabeça.
- Aiii, coração, porque você tem que fazer assim? Consegue ficar em paz, não? Sossega um pouco.
- Cérebro, eu não posso ficar só! 'Fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho.' Entende isso! Fiz minha escolha, e agora só pode ser aquela moça. Aguenta, sou eu que mando, e é ela que mora aqui.
- Tá, mas vê se te acalma um pouco. Você anda muito agitado, nessa quietude disfarçada com risos.


Coisa mais doida... esquece isso. rs

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